sábado, 1 de outubro de 2011

Espaços

Que é este meu infinito,
Meu pequeno mundo feito de infinito…
Que mundo este com tamanha dimensão,
E eu? Sou algo tão pequenino,
Tão pequeno como a pequenez que julgo ser
O meu infinito,
O teu infinito…
Pequenos são os olhos daqueles que se fecham
Ao assombro que é ver tamanha da imensidão!
Os meus olhos vão-se abrindo
Devagar, um raio de luz de cada vez,
E a luz vai entrando
E a razão vai surgindo…
E a razão vai sorrindo…
O meu mundo é um grande infinito!

Porque a imensidão tem as portas abertas
Para aqueles que da sua passagem querem usar.
E que imensidão! Que lugar!
Neste pequeno mundo infinito,
O meu sopro soa como um grito…
A vastidão, o infinito
Que nos meus olhos se reflectem,
Os horizontes do infinito.


Renato Machado