sábado, 2 de julho de 2011

Queda

Ainda tenho mundos por tocar
Mas eu não estou.
Não me encontro em mim,
Não me encontro nos lugares que costumo estar...
Estarei em algum lugar?
Estarei perdido por aí,
Enrolado numa folha de jornal que alguém se olvidou?
Isto, porque não sou inolvidável,
Tantas vezes me sinto discartável,
Como um placebo ali mais à mão...
Que estranha sensação...
Palavra que se aloja num roda-pé,
Que por ser de pequeno tamanho
Pareço tantas vezes ter em mim aquilo que não o é...
Tudo em mim é estranho,
Tudo tem uma razão
E eu pareço não ter razão de o ser...
Talvez me falte viver,
Quem sabe por onde devo mais crescer.
Medo? Temo-me todos os dias,
Quando o mundo vem, e eu não estou cá.
Seja o que de mim se quiser,
Irei onde puder
Se alguém me empurrar para lá...

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