segunda-feira, 27 de julho de 2009

Eleutheria

Que foi que eu fiz?
Porque estou eu a chorar?
Tenho tudo para ser feliz
Sou forte, com raiz
Impossivel de cortar...
Não sei porque me sinto assim
Como erva pisada pela manada.
Não sou querubim
Não sou nefelim
Mas não vou a baixo com a rajada...

Como carvalho resistente
Impossível de derrubar
Um ser quase omnipotente
Invejado de muita gente...
Porque estou eu a chorar?
Espectador das minhas memórias.
Houve algo que não se valorizou...
Repetem-se cenas irrisórias,
Futeis demais para ser estórias.
Mas com o interior...
Ninguém se importou...

Agora já sei como é!
Numa busca futil desmedida...
Sou como a poderosa Tié
Sou árvore que morre de pé
Quando chega o Outono da vida!

2 comentários:

  1. gostei deste poema, um pouco imo, um pouco pessoa, um pouco ricardo reis... estarei certa?
    bem... Tié... fui pesquisar e descobri uma rainha egipcia que apesar de nao ser considerada, comandou com pulso de ferro o egipto. era mulher de amen hotepII, sogra de nefertiti. foi ela em parceria com Ai (pai de nefertiti) e a nora, que governaram o egipto enkanto o seu filho amen hotep III se divertiu a construir templos em honra do sol(aton).
    gostei da comparação entre a Tié e o carvalho, associando ao eu poético

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  2. caty ramosagosto 06, 2009

    gosto. tem sentido.

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