quarta-feira, 30 de setembro de 2009

contador de Histórias

“Mãe, quando crescer
Quero ser Grande!”

Bom dia minha senhora!
Arranja-me um saquinho de sonhos?
Serão bons com cenoura?...
Isso ainda demora?!
Ah! Não os quero! Estão murchos…
Parecem tristonhos…



Ofereceram-me um destino
No dia do meu primeiro aniversário…
Uma coisa boa, de corte fino,
“É para usar com juízo e tino!”
Disse minha mãe
E trancou-o no meu armário…

Quando percebi,
O tempo tinha voado…
Jamais vi tal brinquedo,
Não tive sonhos, tive medo!
O meu destino foi para mim um segredo
Às sete chaves foi guardado!



Histórias tristes sentadas no meu serão…
Vidas contadas em tom de lenda!
Se foi um Manuel ou um João…
O que me interessa é a conclusão
A voz que se ouve no meu coração
O alargar constante de tamanha fenda…

“Mãe, tenho sono…”

Renato Machado

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