Na dúvida entre o saber
Entre as mãos que não procuram aconchego...
Deixei-me ficar
No escuro solitário do pensamento vago
Por ruas estreitas sem destino...
Fui vagueando na minha cascata
Procurando entender o que quero eu de mim.
Fui buscando cada gota salgada no chão,
Juntado todas as notas amargas
Na pauta sem harmonia da vida...
Fiquei para trás...
Perdido no tempo dos que nem tempo querem ter
Um lugar no rodapé.
Desci até mim
Descobrindo portas por abrir
Sem chave, sem fechadura
Gritando por socorro
Às carpideiras do neu sono
Que tomassem conta de mim
Se do meu ser eu não voltar...
Fiquei para trás...
Onde tudo é esquecido
Até mesmo a própria alma...
Parei no limbo
Receando o que de mim seria
Se tivesse que me enfrentar...
Não tenho espada, nem corcel nem guarda
Que me salve na hora que o medo de mim
Tomar lugar...
Renato Machado
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