segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Naquele mato não havia espelhos.
Naquele mato os pregos jaziam solitários
Esperando dias futuros,
Dias em que deixariam de ser apenas pregos
Para serem novamente espelhos!

Naquele mato...
Paravam imagens indecisas
Entre sombras esquecidas no vento
Que o vento amavelmente deixara para trás.
As portas sussurravam  retornos de quem não volta,
Choravam saudades de quem nunca nasceu,
Sustinham gritos desconhecidos
Paravam lentas no contratempo...
Naquele mato só havia chão...
Não havia espelhos,
Nem vaidades,
Nem narcisos
Ou Orianas perdidas na contemplação...

Naquele mato não há espelhos,
Apenas pregos...
Apenas solidão...




Renato Machado

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