quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nato

O meu tempo,
Leva-me no tempo…
Leva-me nas dores de quem me fez…
E o sofrimento…
Não tanto como um tormento,
Mas o grito do fado que tenho em minha pequenez…

O vagar que passa a correr…
O sino que toca dentro da minha cabeça….
E tudo começa!
O longe que passa raspando bem perto,
A confusão de gente no meu deserto…
E tudo em mim está pronto a nascer!

O meu mundo teima em me expulsar,
O queimar…
A luz que a dor estreita me oferece,
Meu corpo quente, de estranheza, arrefece…
As mãos que me tocam em novidade,
O choro impõe-me a voz…a realidade!

Nasci!
Não sei quem sou,
O que sou…
Onde estou?
Vou ficar aqui….




Renato Machado

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