quarta-feira, 14 de abril de 2010

O barco vai quando há bonança…

Não aceito devoluções
Nem reclamações de sentimentos gastos.
Desculpem, mas por hoje fechou…
Quem julgam ser?
Quem julgam ser neste circulo de varões?
Nada depende do que quero dar,
Somente a intenção com que as quero receber…
Não foi a minha alma que se esgotou,
Muito menos a garra, a fúria que se emancipou!
Só estou cansado de todos os dias me defender…

Quem come um prato de vaidade
Não engole a seco a humilhação…
Mas quem se senta à mesa na cadeira comida p’la humildade,
Tem fome de tudo que vê
Esquecendo-se tantas vezes a dignidade…
De tantas vezes que nos apodrece o coração.

Nem cavalo nem espada.
Nem força para as arreias da confiança…
“Espera filho… o barco vai quando há bonança…
Espera filho… a noite é uma criança.”



Renato Machado

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