sexta-feira, 2 de abril de 2010

Alice

Olha Alice! Têm cores…
Assumem formas irreais!
São pequenos nadas feitos de louvores,
Pequenos enganos e desamores,
Pequenos golpes, singelas dores,
As cores vincadas de todos os teus ais…

E nada vem por acaso ou ocasião,
Nem porque a vida decide-se esbanjar em agrados,
Só Alice enxerga o que é real…
Só ela distingue o que é o bem, o que é o mal,
Só ela sabe que o Criador não é alucinação…

Alice…
Os cânticos são infindáveis,
As nuvens correm sem saber o destino que as faz chegar…
Quem me dera que também ela não o visse…
Pobre Alice…
Até o teu mundo há-de findar…
Nem as tuas memórias são memoráveis,
Alice, cuida para que a tua sombra não se deixe apanhar…






Renato Machado

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