sábado, 9 de janeiro de 2010

Apenas...

Apenas sou um ser
Um ser que tudo quis ser…
E ser alguém que não se deve ser.
Apenas uma certeza,
A certeza que o que está certo, nem certeza tem.
Com certeza…
Apenas na minha incerteza, vive este meu alguém….

Vivendo na luz do desejo,
E desejar não estar lá, para não o viver.
Ao viver erradamente na ofuscante luz do desejo,
É meu desejo!
Apenas o esquecimento do meu saber.

Não quero amar o amado,
Nem venerar o já gasto venerado,
Apenas um ser…
Um ser que impacientemente, espera crescer.
Um ser de luz iluminado ao sol do anoitecer…
Apenas um ser… que quer apenas ser.

Tristemente, lá se vai o que se sente,
Fica apenas réstias de quem sente.
Um rasto quase apagado de sentidos e sentimentos,
E sente que o que antes sentira, hoje nada sente…
Hoje nada nem ninguém o sente…
Sobra-lhe as histórias que conta aos sete ventos.



Renato Machado

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