quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

São Silvestre

Ilumina-te escuro!
Faz-te luz em mil auroras!
Boreais… celestiais,
Brancas, roxas, cardeais.
É a piro das horas especiais,
Ao morrer o velho, o maduro
E o novo vem fresco sem mais demoras.
Escorre ouro branco pela garganta,
Borbulha o cavalgante desejar!
Orgulhosa é a esperança que se levanta,
Ao som da euforia que se encanta,
Se renova, revolta em discernimento,
Na ambição, o supremo sustento…
O ciclo finda e torna a começar.

É como se florescesse a ressurreição,
Oferecendo uma nova e única oportunidade
Em Silvestres louros de se conseguir realizar.
Num segundo… pede-se o mundo sem razão.
Pede-se a felicidade sem condição,
Pede-se tanto, e tão pouco, desprezando a verdade…
Tudo o que a mente possa imaginar!
Tudo aquilo em que o desejo avança sem se julgar!
Sem se denominar alucinação,
Apenas a distorção da realidade.
Que o que há de vir seja somente viver,
Somente a sorte de acordar.
Projectos… sonhos… ambição…
Somente o sangue bombeado p’lo coração,
Dando ao corpo por onde se erguer,
Confiante no “second-round” a conquistar.


Renato Machado

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