Perplexos estão meus músculos,
Ao ver toda uma vida destruída…
Nem chorar p’lo que antes era meu consigo…
Percebo agora que não tenho saída,
Que faço?
Vou comprar um bilhete só de ida,
Deixar aqui estes repugnantes vínculos.
São mais de mil caras,
Rostos que gozam de tudo aquilo que construí…
Escárnio insultuoso sem respeito,
Dos que almejam cada passo,
Como pequenas pedras raras!
Já que arriscar parece ser um direito,
Dos juízes inquisidores do meu defeito…
Enxugo as lágrimas que me ensopam o regaço…
Esquece isso…
Estar de costas voltadas apenas te afunda,
Não queiras fugir de todas as pelejas,
Pois ninguém as travará por ti…
São só medos!
Abre os olhos para que vejas,
As pequenas grandes coisas que já fizeste…
Por ti…
Renato Machado
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