Calem-se as vozes de tormento!
Deixem-me ouvir cantar o mar…
Nos braços robustos deste vento,
Vem cantar-me em tom sonolento,
A confusão de ondas que morrem para me chamar…
“Dança comigo!”
Gritam pequenas almas aprisionadas,
Puxam-me nas suas lendas encantadas,
Confundindo a aura de um pobre índigo…
Desmoronam-se contigo,
Nas redes rotas de mil armadas…
Eu, o mar…areia e sal…
Lendas distraídas por entre as gaivotas,
Nomes esquecidos nas derrotas,
São palavras sem descanso depois de mortas!
Ancoradas no sagrado areal…
Já vai subindo o sol no horizonte.
E as palavras naufragadas… brilham no fundo…
Entre os cardumes repletos de energia!
Meus sonhos são guardados no mar mais profundo,
Guardião de sonhos por todo o mundo.
Ave-maria…
Renato Machado
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