sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Poema do Fim

Os sonhos alimentam-se de esperança
E os esperançados são filhos do Senhor.

Senhor…
Quando a esperança se esgota
E todo o nosso sentido esmorece,
Que sonhos devemos premiar?
Afundamo-nos na derrota?
Descalça-mos tal bota?
Mas a alma também de sonhos carece…
Senhor…
Preciso de ilusões para continuar!

E se a humanidade não fosse humana
Simplesmente por não saber sonhar?
Então eu seria normal
Um corpo e alma, de viver banal…
Que desejo o meu… uma mente sana!
Apenas um humano estacionado no seu lugar.

Sem esperança, meus sonhos vão se afundando.
E contraem-me os tendões que me fazem andar
Nesta roda-viva,
Secando até minha saliva…
Então, pouco a pouco, cambaleando
Padecerei sobre as recordações que comigo,
Hão-de se sepultar….



Renato Machado

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