sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Vinte e Um

Vem de vinte e um e vai crescendo,
Petulante, talvez pela indecisão,
Mas não mostra parte fraca, nem fraqueza
Porque não há resposta certa, nem certeza,
E vou morrendo…
Rezando aos poucos para que se vá renascendo,
No lusco-fusco da imaginação.
E vou me revendo em cálculos sem sentido,
Entre os anos que me vão dando os dias…
Nada mais me importa!
Se passar da cepa torta,
Basta a ideia de o ter vivido…
Por me desenhares vendado,
Fui com um fado mal traçado,
Pois sei que nem tu, assim me querias.

E o jogo de números que carrego,
São poucos aos olhos de quem já os tem.
Mas o desespero não me assola,
Porque a idade essa, é óbolo que Deus me dá de esmola.
Sem precisar ou querer sequer sossego…
Apenas a razão de quem quer ser genuíno no seu “alguém”.

Mas a vida mora entre o antes e o depois.
Respeitando o passado tantas vezes errante
E, prevendo um futuro, se o for avante...
Quando se almeja apenas o vinte e dois.


Renato Machado

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