cada passo é mais que querido
quando o caminho promete um bom fim,
mas fazê-lo vendado
sem saber quem está ao nosso lado,
não é presente envenenado
já que a luz é desejo mais que sentido...
ficou uma cama de cinzas
no lugar de quem já lá se fez gente
nos lençóis de quem já existiu...
que venhas tarde, que venhas cedo
que sejas o meu rochedo
a alma que não tem medo
daquilo que nunca foi verdade´
e que só na tua mente sorriu...
Renato Machado
sábado, 29 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Naquele mato não havia espelhos.
Naquele mato os pregos jaziam solitários
Esperando dias futuros,
Dias em que deixariam de ser apenas pregos
Para serem novamente espelhos!
Naquele mato...
Paravam imagens indecisas
Entre sombras esquecidas no vento
Que o vento amavelmente deixara para trás.
As portas sussurravam retornos de quem não volta,
Choravam saudades de quem nunca nasceu,
Sustinham gritos desconhecidos
Paravam lentas no contratempo...
Naquele mato só havia chão...
Não havia espelhos,
Nem vaidades,
Nem narcisos
Ou Orianas perdidas na contemplação...
Naquele mato não há espelhos,
Apenas pregos...
Apenas solidão...
Renato Machado
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Fui o teu povo
A voz que te aclamava erguida
Pelo teu orgulho...
Fui o braço que aguentou firme
A tua inevitável queda,
A ancora que te segurou os sonhos...
Fui...
Fui tudo aquilo que não merecias receber
Tudo aquilo que por amor te quis dar...
Fui...
Sou a boca que a tua vida vai soprar
A perna da cadeira que anseia por te ceder,
A casca esquecida da banana
Feliz por te ver falhar,
O fogo que deseja o teu corpo arder.
Foste tu...
A mão que não soube a minha apertar,
O obrigado que não escutei
O prato cuspido que de ti lavei,
A porta fechada sem um adeus
O medo de olhar para trás e entender
Que por ti ainda ias implorar.
Sim, foste tu.
Renato Machado
A voz que te aclamava erguida
Pelo teu orgulho...
Fui o braço que aguentou firme
A tua inevitável queda,
A ancora que te segurou os sonhos...
Fui...
Fui tudo aquilo que não merecias receber
Tudo aquilo que por amor te quis dar...
Fui...
Sou a boca que a tua vida vai soprar
A perna da cadeira que anseia por te ceder,
A casca esquecida da banana
Feliz por te ver falhar,
O fogo que deseja o teu corpo arder.
Foste tu...
A mão que não soube a minha apertar,
O obrigado que não escutei
O prato cuspido que de ti lavei,
A porta fechada sem um adeus
O medo de olhar para trás e entender
Que por ti ainda ias implorar.
Sim, foste tu.
Renato Machado
terça-feira, 31 de julho de 2012
Acendamos velas
Afastemos medos,
Partimos...
Ficamos...
Sorrimos aguarelas
Como quem canta segredos.
Prendemos passados
Aceitamos futuros,
Partimos...
Ficamos...
Os laços são dados,
Tantos tiros, tantos escuros...
Ficamos onde nunca estivemos,
Para lá de onde quisemos estar,
Em tudo aquilo que não entendemos,
Ou num mundo que ficou por falar.
Partimos?
Ficamos?
Esmaguemos a cor, qualquer cor!
Finjamos que existe luz em qualquer lugar!
Existimos!
Somos!
Sorrimos!
Se partimos, se ficamos...
Onde quer que a vida vá, lá estamos!
Seja sempre aquilo que se for,
Enquanto houver luz
A noite não vai chegar.
Renato Machado
Afastemos medos,
Partimos...
Ficamos...
Sorrimos aguarelas
Como quem canta segredos.
Prendemos passados
Aceitamos futuros,
Partimos...
Ficamos...
Os laços são dados,
Tantos tiros, tantos escuros...
Ficamos onde nunca estivemos,
Para lá de onde quisemos estar,
Em tudo aquilo que não entendemos,
Ou num mundo que ficou por falar.
Partimos?
Ficamos?
Esmaguemos a cor, qualquer cor!
Finjamos que existe luz em qualquer lugar!
Existimos!
Somos!
Sorrimos!
Se partimos, se ficamos...
Onde quer que a vida vá, lá estamos!
Seja sempre aquilo que se for,
Enquanto houver luz
A noite não vai chegar.
Renato Machado
sexta-feira, 27 de julho de 2012
P.T.A.C.A
Tu, que beijas flores
A cada segundo, a cada respirar
Sê a tocha culpada do meu fogo!
Tu, alma que abraça mundos
Por força de sorrisos distraídos,
Abraça o meu mundo!
Avassala-me o ego com a luz do teu ego!
Tu, diamante em bruto
Que num olhar tudo arrebata,
Apenas por saber brilhar,
Faz de mim a tua noite!
Toma-me como projecto incompleto
Sedento de se realizar!
Vem ser o ponto de luz por acender
No firmamento do teu amar...
Renato Machado
A cada segundo, a cada respirar
Sê a tocha culpada do meu fogo!
Tu, alma que abraça mundos
Por força de sorrisos distraídos,
Abraça o meu mundo!
Avassala-me o ego com a luz do teu ego!
Tu, diamante em bruto
Que num olhar tudo arrebata,
Apenas por saber brilhar,
Faz de mim a tua noite!
Toma-me como projecto incompleto
Sedento de se realizar!
Vem ser o ponto de luz por acender
No firmamento do teu amar...
Renato Machado
terça-feira, 3 de julho de 2012
Erros
Seria bom viver sem recordar
Andar p'lo mundo sem memórias desse alguém...
Como eu queria caminhar sozinho
Sem medo da minha solidão,
Poder contar os passos que ficaram para trás
E outras tantos à espera de se dar...
É certo que sou feito de lembranças
E para não me recordar
Preciso de me recordar disso.
Mas não quero!
Seria bom poder viver
Sem recordar o arrancar das asas
Que me marcaram o corpo
Numa triste ferida sem história...
E como seria bom saber que tenho uma história,
Saber que a tenho, saber que só a mim me pertence,
Saber que não a posso ofertar.
Seria bom que o tempo tornasse atrás
E beijasse a minha razão
Gritando em mim o quanto estava errado.
Faria tudo diferente
Deixar-te-ia morrer lentamente
No colo frio da tua mãe
P'ra que fosse eu em pleno...
Renato Machado
Andar p'lo mundo sem memórias desse alguém...
Como eu queria caminhar sozinho
Sem medo da minha solidão,
Poder contar os passos que ficaram para trás
E outras tantos à espera de se dar...
É certo que sou feito de lembranças
E para não me recordar
Preciso de me recordar disso.
Mas não quero!
Seria bom poder viver
Sem recordar o arrancar das asas
Que me marcaram o corpo
Numa triste ferida sem história...
E como seria bom saber que tenho uma história,
Saber que a tenho, saber que só a mim me pertence,
Saber que não a posso ofertar.
Seria bom que o tempo tornasse atrás
E beijasse a minha razão
Gritando em mim o quanto estava errado.
Faria tudo diferente
Deixar-te-ia morrer lentamente
No colo frio da tua mãe
P'ra que fosse eu em pleno...
Renato Machado
quarta-feira, 27 de junho de 2012
hogwarts
julguei-nos carne da mesma carne
julguei-nos sangue do mesmo sangue
quando não havia ossos para nos sustentar...
acreditei que era eu a alma vivendo nas tuas veias,
entendi seres tu vivendo nos meus olhos
quando não havia corpo que nos quisesse amar...
tomei por certo seres os meus braços
por garantido ter-te entre as minhas mãos
quando nunca houve forças para te apertar...
imaginei-nos vivendo no mesmo ser
imaginei-nos querendo o mesmo querer
quando nunca existiu espaço para nos separar
quando nunca houve em nós
a necessidade do mesmo tempo
do mesmo lugar...
julguei-nos sangue do mesmo sangue
quando não havia ossos para nos sustentar...
acreditei que era eu a alma vivendo nas tuas veias,
entendi seres tu vivendo nos meus olhos
quando não havia corpo que nos quisesse amar...
tomei por certo seres os meus braços
por garantido ter-te entre as minhas mãos
quando nunca houve forças para te apertar...
imaginei-nos vivendo no mesmo ser
imaginei-nos querendo o mesmo querer
quando nunca existiu espaço para nos separar
quando nunca houve em nós
a necessidade do mesmo tempo
do mesmo lugar...
domingo, 24 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Ódio
Desde o inicio que te odiei.
Odiei o teu sorriso, tal como odiei a tua maneira de estar, a tua maneira de andar, o teu modo de pensar e abordar a vida.
Odiei-te por respirares e saberes olhar p'ra mim quando eu mais preciso de atenção.
Odiei todos os gestos e todas as palavras que me dirigiste, pois fui incapaz de não te sorrir...
Odiei a forma como desarmavas os meus sentimentos mesmo sem te aperceberes de tal façanha.
Odiei o fato de existires, odiei o dia em que te conheci, odiei o fato da tua vida ter cruzado naquela hora com a minha.
Odiei por me fazeres esperar quando nunca disseste que virias ter comigo, odiei-te por teres-me feito pensar que um dia o teu coração seria meu, quando nunca me mostraste a mesma vontade de me querer.
Odiei o dia que te comecei a amar e todos os dias que lhe seguiram.
Então odiei todos os dias da minha vida, o antes e o depois. Odiei o passado sem ti, por ter passado e me ter posto neste sarilho.
Odiei o futuro por saber que o meu coração será teu, não importa a distância nem o tempo...
Odiei-te simplesmente por te amar, e ver que tudo isto não passava de um sonho... Odiei o fato de me seres impossível e eu continuar colado ao teu chão...
Odiei-te por sermos diferentes, só porque eu sou eu e tu és tu...
Odiei-te... odeio-te
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Antes e depois
Cresci com a ideia que nunca mais te iria ver, quando antes de nascer planeámos os nossos destinos, julguei ter lido corretamente o contrato que Ele nos dera a assinar. Mas não, há que ler bem cada contrato, as linhas mais pequeninas que os mais astutos colocam em roda-pé...
Naquela manhã fria em Hamptonville, tive a infelicidade de quebrar a regra mais importante nessa minha missão tão honrosa.."um ceifeiro nunca olha nos olhos da sua colheita.". Quando naquela manhã esperei por ti no canto da rua, relendo como teria que o fazer, não dei p'la tua saída do número 67... foi fulminante! Lembro de cabisbaixar para apagar o cigarro, e no segundo seguinte, os teus olhos cruzaram a esquina onde eu me encontrava. Foi me fatal. acredito que os teus olhos não sejam os mais belos, mas para um ser como eu, obrigado a andar de olhos postos no asfalto, vislumbrar a iris da sua presa é algo mágico, altamente desejado.
A vida virou do avesso! Não morreste às minhas mãos, tentei-te esconder, mas foi escusado... Ele sabe de tudo, mesmo antes de acontecer, pois é ele o autor da nossa e de todas as histórias...
Fomos ambos castigados. Perdi o que mais amava, as minhas asas, e fui obrigado a nascer para uma vida que sempre abominei... tudo porque te olhei e me deixei seduzir p'lo fruto proibido.
Cresci com a ideia que nunca mais teria a infelicidade de voltar a ver os teus olhos, mas estava enganado. Quando naquela tarde de Outubro entraste e tomaste todas as minhas atenções sobre ti, eu reconheci-te! Estás tão mudado, mas ainda tens aquele brilho especial no teu olhar.
Afinal é a presa que caça o caçador...
Continua...
Renato Machado
Naquela manhã fria em Hamptonville, tive a infelicidade de quebrar a regra mais importante nessa minha missão tão honrosa.."um ceifeiro nunca olha nos olhos da sua colheita.". Quando naquela manhã esperei por ti no canto da rua, relendo como teria que o fazer, não dei p'la tua saída do número 67... foi fulminante! Lembro de cabisbaixar para apagar o cigarro, e no segundo seguinte, os teus olhos cruzaram a esquina onde eu me encontrava. Foi me fatal. acredito que os teus olhos não sejam os mais belos, mas para um ser como eu, obrigado a andar de olhos postos no asfalto, vislumbrar a iris da sua presa é algo mágico, altamente desejado.
A vida virou do avesso! Não morreste às minhas mãos, tentei-te esconder, mas foi escusado... Ele sabe de tudo, mesmo antes de acontecer, pois é ele o autor da nossa e de todas as histórias...
Fomos ambos castigados. Perdi o que mais amava, as minhas asas, e fui obrigado a nascer para uma vida que sempre abominei... tudo porque te olhei e me deixei seduzir p'lo fruto proibido.
Cresci com a ideia que nunca mais teria a infelicidade de voltar a ver os teus olhos, mas estava enganado. Quando naquela tarde de Outubro entraste e tomaste todas as minhas atenções sobre ti, eu reconheci-te! Estás tão mudado, mas ainda tens aquele brilho especial no teu olhar.
Afinal é a presa que caça o caçador...
Continua...
Renato Machado
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Loucura
Vivi na tua noite
Apanhei todos os pontos de luz
Caídos no soalho da tua alma,
E fiz fogo onde a vida não queria existir.
Lá fora o escuro entope as estradas
E as mãos que outrora sabiam o caminho de retorno,
Andam perdidas em candeeiros reluzentes...
Já não sou a mão que outrora fui...
A língua sem medo de se expressar,
O pensamento que vagueava sem receio da confusão...
Gastei os passos contando os dias
E os dias pisando as pedras dos teus passos...
Nada foi mais belo que a noite em que te perdi
Nem mesmo mesmo quando julguei morrer.
Falei das luas que nunca quis contar,
Tive medo de ao teu encontro não me atrasar...
E o que foi?
Palavras são fruto da nossa imaginação...
Ah, eu cá não!
Porque nada foi mais belo
Que a noite em que te perdi...
Nada é eterno
Nem mesmo a vontade de ficar aqui...
RENATO MACHADO
Apanhei todos os pontos de luz
Caídos no soalho da tua alma,
E fiz fogo onde a vida não queria existir.
Lá fora o escuro entope as estradas
E as mãos que outrora sabiam o caminho de retorno,
Andam perdidas em candeeiros reluzentes...
Já não sou a mão que outrora fui...
A língua sem medo de se expressar,
O pensamento que vagueava sem receio da confusão...
Gastei os passos contando os dias
E os dias pisando as pedras dos teus passos...
Nada foi mais belo que a noite em que te perdi
Nem mesmo mesmo quando julguei morrer.
Falei das luas que nunca quis contar,
Tive medo de ao teu encontro não me atrasar...
E o que foi?
Palavras são fruto da nossa imaginação...
Ah, eu cá não!
Porque nada foi mais belo
Que a noite em que te perdi...
Nada é eterno
Nem mesmo a vontade de ficar aqui...
RENATO MACHADO
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Durmo...
Lá...
No passar silencioso das horas
Eu durmo...
Entre um tudo e o nada
Vou dormindo, vou ficando
Na calma que me embala...
Lá...
Fico quieto esperando alguém,
Alguém que não quer existir
E eu durmo...
Lá...
Na bruma que me envolve,
Na dor que me acolhe,
Na paz que quero ter,
Eu fico...
Durmo...
Lá...
No escuro dos meus olhos,
No vazio da minha voz,
Vou contando o tempo,
Os passos que dei,
Os passos que errei
E as almas que fiz sofrer
Como outras tantas que salvei...
E durmo...
Durmo para tentar esquecer
Que existo,
Que persisto
Insisto
Em ser alguém que não merece viver...
Fico mudo...
Soturno...
Eu durmo...
P'ra que o amanhã venha
E me traga o que quero,
A salvação p'ro meu sono...
E fico lá...
Durmo...
RENATO MACHADO
No passar silencioso das horas
Eu durmo...
Entre um tudo e o nada
Vou dormindo, vou ficando
Na calma que me embala...
Lá...
Fico quieto esperando alguém,
Alguém que não quer existir
E eu durmo...
Lá...
Na bruma que me envolve,
Na dor que me acolhe,
Na paz que quero ter,
Eu fico...
Durmo...
Lá...
No escuro dos meus olhos,
No vazio da minha voz,
Vou contando o tempo,
Os passos que dei,
Os passos que errei
E as almas que fiz sofrer
Como outras tantas que salvei...
E durmo...
Durmo para tentar esquecer
Que existo,
Que persisto
Insisto
Em ser alguém que não merece viver...
Fico mudo...
Soturno...
Eu durmo...
P'ra que o amanhã venha
E me traga o que quero,
A salvação p'ro meu sono...
E fico lá...
Durmo...
RENATO MACHADO
quarta-feira, 25 de abril de 2012
RECUSA
Não quero regalias
Não quero que me apapariquem
Com presentes e bajulações…
Não quero nada do que me queiram dar
Já que o que quero jamais terei.
Não preciso de carinhos
Não quero receber afetos,
Nem sorrir por agradecimento
A tudo aquilo que não desejo,
Já que o que quero jamais o terei…
Escusam de avançar
Armados até aos dentes
Com palavras mansas.
Eu não quero, não preciso, jamais quererei…
Porque não tenho aquilo que quero,
Se o que quero é tão pouco aos olhos dos outros?
É apenas um ser humano
Aquilo que tanto almejo!
Aquele ser humano,
Não outo, aquele…
Somente aquele...
RENATO MACHADO
Não quero que me apapariquem
Com presentes e bajulações…
Não quero nada do que me queiram dar
Já que o que quero jamais terei.
Não preciso de carinhos
Não quero receber afetos,
Nem sorrir por agradecimento
A tudo aquilo que não desejo,
Já que o que quero jamais o terei…
Escusam de avançar
Armados até aos dentes
Com palavras mansas.
Eu não quero, não preciso, jamais quererei…
Porque não tenho aquilo que quero,
Se o que quero é tão pouco aos olhos dos outros?
É apenas um ser humano
Aquilo que tanto almejo!
Aquele ser humano,
Não outo, aquele…
Somente aquele...
RENATO MACHADO
terça-feira, 24 de abril de 2012
Vinte e Quatro
Tentei falar dos meus sonhos ao mundo,
Acertar nas portas entreabertas
E gritar por socorro ao alheio.
Senti que o chão me fugia sob os pés
Quando o receio do precipício cavalgou até mim.
Bati de frente com a liberdade
Jamais querendo a sua companhia.
Tentei, eu juro que tentei esperar aqui!
Mas a teimosia é coisa não me cabe cá dentro...
Mas não... Tive de correr sozinho
P'ro outro lado da tua esfera,
E p'ra quê?
Só p'ra ficar mais uma vez na solidão...
Nenhuma porta se me abriu
Nenhum sorriso se me esboçou....
Não, nem "parabéns" por continuar vivo,
Não... p'ra quê?
Deixo-me estar como me encontrei,
Imóvel, sem medo, sem vida,
Sem mundo p'ra me tentar abrir.
(os sonhos afinal têm cores,
neutras, sim, mas de paleta viva!)
Subi mais um andar...
Ninguém... desci p'ra me encontrar,
Mas o mundo não estava lá p'ra me ver
Muito menos p'ra me aplaudir...
Porquê?
"parabéns para mim"... não valerá a pena,
Já não quero este palco, terminou a minha cena.
O pano caiu e o público nem clamou por bis...
Não me quero por ser tão completo
Como um relógio
Completando o meu dia...
Mais outro dia virá,
Outro e mais outro...
Aqui? Porque não?
Talvez sim...
RENATO MACHADO
Acertar nas portas entreabertas
E gritar por socorro ao alheio.
Senti que o chão me fugia sob os pés
Quando o receio do precipício cavalgou até mim.
Bati de frente com a liberdade
Jamais querendo a sua companhia.
Tentei, eu juro que tentei esperar aqui!
Mas a teimosia é coisa não me cabe cá dentro...
Mas não... Tive de correr sozinho
P'ro outro lado da tua esfera,
E p'ra quê?
Só p'ra ficar mais uma vez na solidão...
Nenhuma porta se me abriu
Nenhum sorriso se me esboçou....
Não, nem "parabéns" por continuar vivo,
Não... p'ra quê?
Deixo-me estar como me encontrei,
Imóvel, sem medo, sem vida,
Sem mundo p'ra me tentar abrir.
(os sonhos afinal têm cores,
neutras, sim, mas de paleta viva!)
Subi mais um andar...
Ninguém... desci p'ra me encontrar,
Mas o mundo não estava lá p'ra me ver
Muito menos p'ra me aplaudir...
Porquê?
"parabéns para mim"... não valerá a pena,
Já não quero este palco, terminou a minha cena.
O pano caiu e o público nem clamou por bis...
Não me quero por ser tão completo
Como um relógio
Completando o meu dia...
Mais outro dia virá,
Outro e mais outro...
Aqui? Porque não?
Talvez sim...
RENATO MACHADO
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Saberás só no fim
Saberás só no fim
Quando o mármore nos separar,
Que foste tu, sempre tu,
A certeza que morou em mim
Quando nem sequer te quis amar...
Saberás que fui apenas teu
A cada dia da minha vida,
Que foi por ti, sempre por ti,
Que o meu corpo não cedeu
Nem a alma se deu por vencida...
Saberás o tempo que esperei
Mirando e ajudando a tua felicidade...
Que fui eu, sempre mas sempre eu,
Que nunca te deixei
Nem na hora de voltar à realidade...
Saberás só no final
Como eu, ninguém te amou...
O que foi viver, lutar e sofrer,
Medo após medo, e o receio de te perder,
Num futuro que hoje sou...
Saberás só no final
Que da memória
A minha razão ainda não se desapegou...
E que a nossa história
Não termina aqui
Pois só agora começou...
RENATO MACHADO
Quando o mármore nos separar,
Que foste tu, sempre tu,
A certeza que morou em mim
Quando nem sequer te quis amar...
Saberás que fui apenas teu
A cada dia da minha vida,
Que foi por ti, sempre por ti,
Que o meu corpo não cedeu
Nem a alma se deu por vencida...
Saberás o tempo que esperei
Mirando e ajudando a tua felicidade...
Que fui eu, sempre mas sempre eu,
Que nunca te deixei
Nem na hora de voltar à realidade...
Saberás só no final
Como eu, ninguém te amou...
O que foi viver, lutar e sofrer,
Medo após medo, e o receio de te perder,
Num futuro que hoje sou...
Saberás só no final
Que da memória
A minha razão ainda não se desapegou...
E que a nossa história
Não termina aqui
Pois só agora começou...
RENATO MACHADO
domingo, 15 de abril de 2012
Apontamento
Salva-me deste silêncio dançarino
Teimoso,
Entre palavras que acabo por sorrir.
Arrasta-me contigo até ao fim,
Não largues o meu corpo na hora de subir.
Quero que cuides de mim,
Cuidando no escuro eu de ti...
Tal como uma redoma de vidro
Fina, delicada,
Preciso da tua segurança
Quando tento ser eu o teu anjo da guarda.
RENATO MACHADO
Teimoso,
Entre palavras que acabo por sorrir.
Arrasta-me contigo até ao fim,
Não largues o meu corpo na hora de subir.
Quero que cuides de mim,
Cuidando no escuro eu de ti...
Tal como uma redoma de vidro
Fina, delicada,
Preciso da tua segurança
Quando tento ser eu o teu anjo da guarda.
RENATO MACHADO
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Resumo
Na mesa ficaram as culpas perdidas
As palavras mudas entre cada olhar...
Ficaram as velas gastas, por nós ardidas
Naquilo que foi nosso e que já não tem lugar...
Queres dar-me mundo que eu não posso aceitar
Sonhos felizes que eu não posso acolher,
Almas perdidas que eu não posso resolver,
Nem histórias que se abandonam numa sala de estar...
Tanto para me dar e tanto por onde fugir...
A cada dia, mais um passo errado
Um sim por te ser dito
Um não querendo ser derrotado,
Quando já nem sei o que por ti sentir...
Renato Machado
As palavras mudas entre cada olhar...
Ficaram as velas gastas, por nós ardidas
Naquilo que foi nosso e que já não tem lugar...
Queres dar-me mundo que eu não posso aceitar
Sonhos felizes que eu não posso acolher,
Almas perdidas que eu não posso resolver,
Nem histórias que se abandonam numa sala de estar...
Tanto para me dar e tanto por onde fugir...
A cada dia, mais um passo errado
Um sim por te ser dito
Um não querendo ser derrotado,
Quando já nem sei o que por ti sentir...
Renato Machado
Etiquetas:
ocasionais
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Caminhos
Ninguém sabe o que eu sei
Talvez nunca hão-de o saber,
Que um dia fui rei
De um reino distante por nascer.
Ninguém já viu o que eu vi
Ou escutaram a mesma canção.
Estive tantas vezes lá, e daqui nunca sai,
Pois não encontro outra razão.
Por tantas vezes querer ser outro alguém
Alguém que não seja eu,
Sou tantas vezes um vai e vem
A imaginação que ninguém detém
Fazendo das minhas historias um troféu.
Ninguém sabe de onde vim
Nem eu sei porque não evitei
Foram tantos os acasos a que prescindi
Que já nem me recordo onde errei.
Ninguém sabe onde parei de me olhar
Quando foi a ultima vez que falei comigo.
Estive onde nunca quis estar
Para lá das fronteiras da vontade em continuar
Julgando ali encontrar o meu abrigo.
Ninguém sabe o que eu já fui capaz
De fazer por quem já amei.
Tanto mal, sem querer voltar atrás
Apenas sabendo que o cumpri,
Que nunca falhei.
Ninguém sabe... nunca vão saber...
Renato Machado
segunda-feira, 26 de março de 2012
Começo... Recomeço
Começo a ter saudades do que não existe
Saudades de algo que nunca vi...
Começo a ter saudades de ter saudades de alguém...
Começo por me querer entender
Se todas as partes de mim mesmo
Me fazem falta para viver...
Começo por sentir falta do que nunca tive
Saudades daquilo que nem sequer quero ter
Porque nem sempre me entendo
Nem tenho a certeza de me querer entender.
Começo a sentir que o mundo faz sentido
E que eu não encontro sentido nele.
Começo a sentir que tudo toca na minha pele...
Mas não me sinto confuso
Nem mesmo difuso.
Não. Sinto que começo a pertencer a algo
A alguém que não quero ter.
Então começo a ter saudades de um passado imaginado
Fruto da minha viagem plo submundo do sonho.
Começo... recomeço...
Realmente eu não me conheço...
Renato Machado
quarta-feira, 21 de março de 2012
Tudo por tudo
Estou preparado para cair
Quantas vezes me quiseres ver
Arrastado por este chão.
Estou preparado para representar,
Ser o teu macaco de palco
Se isso for suficiente para te fazer feliz,
Mas nunca verás quem eu realmente sou.
Sou aquilo que tu quiseres
O que realmente quiseres fazer de mim
Mas não serei teu.
Posso ser teu escravo,
Sim, mas jamais te pertencerei...
Somos aquilo que queremos ser
E eu quero ser teu, nunca deixando de ser eu
Nunca deixando de existir...
Ninguém é detentor de tal prémio,
Apenas eu me mereço
(Se é que realmente me mereço).
Mas se isso te faz feliz
Se te faz pensar que tens a barriga cheia,
Por mim tudo bem
Quem sou eu para te tirar da ilusão?
Renato Machado
Quantas vezes me quiseres ver
Arrastado por este chão.
Estou preparado para representar,
Ser o teu macaco de palco
Se isso for suficiente para te fazer feliz,
Mas nunca verás quem eu realmente sou.
Sou aquilo que tu quiseres
O que realmente quiseres fazer de mim
Mas não serei teu.
Posso ser teu escravo,
Sim, mas jamais te pertencerei...
Somos aquilo que queremos ser
E eu quero ser teu, nunca deixando de ser eu
Nunca deixando de existir...
Ninguém é detentor de tal prémio,
Apenas eu me mereço
(Se é que realmente me mereço).
Mas se isso te faz feliz
Se te faz pensar que tens a barriga cheia,
Por mim tudo bem
Quem sou eu para te tirar da ilusão?
Renato Machado
terça-feira, 20 de março de 2012
No fundo
Tudo por ti...
Sinto na boca o sabor a morte
A vontade de matar nas veias
Porque existes
Porque continuas persistente
Querendo ser forte, firme,
Querendo acima de tudo e todos
Marcar em mim a tua presença.
Mas não tens culpa de eu querer matar.
Não. Apenas tens culpa de eu querer continuar cá
Contigo, viver, ser feliz...
Mesmo antes de saber que existias
Sim, mesmo antes de te imaginar
Foi tudo, mas tudo por ti...
Sou louco... sim... completamente louco
Mas por ti teria a loucura como minha devoção
Se isso significasse ter-te sempre comigo...
"Haja o que houver
Eu estou aqui..."
Renato Machado
Sinto na boca o sabor a morte
A vontade de matar nas veias
Porque existes
Porque continuas persistente
Querendo ser forte, firme,
Querendo acima de tudo e todos
Marcar em mim a tua presença.
Mas não tens culpa de eu querer matar.
Não. Apenas tens culpa de eu querer continuar cá
Contigo, viver, ser feliz...
Mesmo antes de saber que existias
Sim, mesmo antes de te imaginar
Foi tudo, mas tudo por ti...
Sou louco... sim... completamente louco
Mas por ti teria a loucura como minha devoção
Se isso significasse ter-te sempre comigo...
"Haja o que houver
Eu estou aqui..."
Renato Machado
quarta-feira, 7 de março de 2012
Terça à Noite
Mais uma noite sem dormir...
Mais uma noite em que o teu corpo não me deixou...
Mais uma noite em que eu não fui eu
Para ser apenas teu,
Como se o principio fosse o fim
E eu não quisesse voltar para mim.
Como tivesse medo de adormecer
Como se tivesse medo de finalmente perceber
Que tudo não passou de um sonho,
" A beautiful nightmare" de onde tenho que sair....
RENATO MACHADO
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Against Target
Enquanto acabava
O teu cigarro brilhava no escuro do silêncio.
Os olhares gritaram
Explodiram numa discussão calada
Que não disse nada, mas disse tudo.
Não foi preciso mais
Nunca foi preciso mais do que o que ficou por dizer.
Para quê estragar o momento
Com palavras sem sentido?
Já fomos tão longe num tempo que não teve tempo
Para as pequenas coisas que nos fariam felizes...
O melhor destino é ter dois destinos
Duas direcções em sentidos opostos.
(mas o mundo é redondo)
Havemos de encontrar maneira de sermos cordeais
Sorrisos diplomáticos
Como sempre fizemos.
Nada disto é novidade
Pois ambos baleámos os pés
Na esperança de perdermos o andar...
A teimosia é por defeito humana
A burrice, essa é tomada como amor...
Que nos sirva de lição
A estupidez de querer ficar em terreno seco
À espera que chova e que cresça alguma erva daninha.
Seria masoquismo... talvez seja melhor cortar em vez de balear
Já que a sorte tem os seu dias
Escolhemos por onde andar
Por outras vias
E quem sabe, se o destino é nosso amigo
E nos faça dispersar...
RENATO MACHADO
O teu cigarro brilhava no escuro do silêncio.
Os olhares gritaram
Explodiram numa discussão calada
Que não disse nada, mas disse tudo.
Não foi preciso mais
Nunca foi preciso mais do que o que ficou por dizer.
Para quê estragar o momento
Com palavras sem sentido?
Já fomos tão longe num tempo que não teve tempo
Para as pequenas coisas que nos fariam felizes...
O melhor destino é ter dois destinos
Duas direcções em sentidos opostos.
(mas o mundo é redondo)
Havemos de encontrar maneira de sermos cordeais
Sorrisos diplomáticos
Como sempre fizemos.
Nada disto é novidade
Pois ambos baleámos os pés
Na esperança de perdermos o andar...
A teimosia é por defeito humana
A burrice, essa é tomada como amor...
Que nos sirva de lição
A estupidez de querer ficar em terreno seco
À espera que chova e que cresça alguma erva daninha.
Seria masoquismo... talvez seja melhor cortar em vez de balear
Já que a sorte tem os seu dias
Escolhemos por onde andar
Por outras vias
E quem sabe, se o destino é nosso amigo
E nos faça dispersar...
RENATO MACHADO
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Para uma canção...
O coração parou ,minha alma morreu
O meu corpo ficou, onde nada mudou.
Fiz questão de saber porque não funcionou
Se fui eu que criei porque é que não me amou?
Se fui eu que vivi, porque é que se findou?
É difícil pensar que não está mais aqui
Quem em mim vai ficar
Remoendo o meu fim?
Já segui tantas vezes nas rectas da vida
E por mais curvas que venham nunca são a saída...
Já soube o que fazer,que fingir, que mostrar
Sem dizer que afinal foste o único a ficar.
Já voltei a tentar dizer que tudo passou
E voltei a falhar, pois nunca resultou
Estou de volta para ti, sem sinais de um amor
Só eu faço por ti todo o mal ou pior
...
Renato Machado
O meu corpo ficou, onde nada mudou.
Fiz questão de saber porque não funcionou
Se fui eu que criei porque é que não me amou?
Se fui eu que vivi, porque é que se findou?
É difícil pensar que não está mais aqui
Quem em mim vai ficar
Remoendo o meu fim?
Já segui tantas vezes nas rectas da vida
E por mais curvas que venham nunca são a saída...
Já soube o que fazer,que fingir, que mostrar
Sem dizer que afinal foste o único a ficar.
Já voltei a tentar dizer que tudo passou
E voltei a falhar, pois nunca resultou
Estou de volta para ti, sem sinais de um amor
Só eu faço por ti todo o mal ou pior
...
Renato Machado
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Fui ficando
Fiquei para trás...
Na dúvida entre o saber
Entre as mãos que não procuram aconchego...
Deixei-me ficar
No escuro solitário do pensamento vago
Por ruas estreitas sem destino...
Fui vagueando na minha cascata
Procurando entender o que quero eu de mim.
Fui buscando cada gota salgada no chão,
Juntado todas as notas amargas
Na pauta sem harmonia da vida...
Fiquei para trás...
Perdido no tempo dos que nem tempo querem ter
Um lugar no rodapé.
Desci até mim
Descobrindo portas por abrir
Sem chave, sem fechadura
Gritando por socorro
Às carpideiras do neu sono
Que tomassem conta de mim
Se do meu ser eu não voltar...
Onde tudo é esquecido
Até mesmo a própria alma...
Parei no limbo
Receando o que de mim seria
Se tivesse que me enfrentar...
Não tenho espada, nem corcel nem guarda
Que me salve na hora que o medo de mim
Tomar lugar...
Renato Machado
Na dúvida entre o saber
Entre as mãos que não procuram aconchego...
Deixei-me ficar
No escuro solitário do pensamento vago
Por ruas estreitas sem destino...
Fui vagueando na minha cascata
Procurando entender o que quero eu de mim.
Fui buscando cada gota salgada no chão,
Juntado todas as notas amargas
Na pauta sem harmonia da vida...
Fiquei para trás...
Perdido no tempo dos que nem tempo querem ter
Um lugar no rodapé.
Desci até mim
Descobrindo portas por abrir
Sem chave, sem fechadura
Gritando por socorro
Às carpideiras do neu sono
Que tomassem conta de mim
Se do meu ser eu não voltar...
Fiquei para trás...
Onde tudo é esquecido
Até mesmo a própria alma...
Parei no limbo
Receando o que de mim seria
Se tivesse que me enfrentar...
Não tenho espada, nem corcel nem guarda
Que me salve na hora que o medo de mim
Tomar lugar...
Renato Machado
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biográficos
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Advice
Porque tens medo de ti?
Porque receias aquilo que amas
Se o que amas te faz feliz?
É demasiado curta a vida que nos calhou,
Então para quê desperdiçar o tempo
No receio da incerteza?
Ah meu amigo… sê feliz amando por amar!
Não queiras a solidão do arrependimento
Nem tão pouco a saudade do que ficou por fazer…
O tempo passa e a gente fica!
Ninguém espera por nós…
Somos mais do mesmo à espera que a vida
Nos mostre o caminho a seguir…
Por isso, se amas, voa!
Voa para lá da linha que demarca o horizonte!
Voa rumo aos sonhos que queres ver e realizar!
Não tenhas medo de ser feliz…
Não tenhas medo de amar o proibido
Se o proibido te é tão apetecido.
Somos partes da felicidade fragmentada do universo
Pequenos grãos de magia concentrados num só corpo!
Temos vida! Ama sem medo de amar!
Pois quando se ama, até a morte deixa de assustar…
RENATO MACHADO
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Madrugada
Porque temos sempre dois lados
Que nos fazem balançar na hora de escolher...
Não dá para ser perfeito
O passo errado será sempre o eminente
Será sempre a escolha menos acertada
Na hora de repensar, na hora do arrependimento...
Mas fi-lo, está feito. Outros dias virão.
Não posso nem quero viver entre passados
Quando o futuro, por mais que incerto
Chega frio, sem aviso,
Chega frio, sem aviso,
Estarei lá para o receber.
RENATO MACHADO
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Shadows
Já nada me mete medo, anseio ou receio
Não. Nem mesmo quando a estrada é escura,
Quando o dia não chega
E eu tenho que me fazer ao caminho,
Não tenho medo.
Estou comigo, estou bem.
Mais vale só, comigo,
Pois só nunca me sinto sozinho.
Estão sempre a meu lado
Aqueles que de mim querem beber
Que de mim querem abrigo.
Despedaça-me em dós tê-los aqui dentro...
Famintos de carinho, carentes de atenção...
Esta pobre alma nem sempre sabe o que lhes dizer
Ou mesmo como lhes sorrir
Mas sei o que tenho para dar e isso me basta.
O fogo... o calor de um coração que ainda vive...
Basta-lhes um sopro!
Basta-lhes a mão que não consegue apertar
E saber que lhes sabe bem ter com quem falar.
RENATO MACHADO
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Bom dia meu amor
Bom dia meu amor...
Onde fui hoje?
Não sei... onde estive eu não sei...
Como lá cheguei jamais saberei contar
Nem mesmo que eu queira contar as minhas aventuras
Poder rir de todos os perigos
Irá sempre faltar aquele detalhe...
E porquê?
O porquê é simples meu amor
És tu...
A razão da minha busca, a razão da minha perda.
Amanheceu e eu continuei acordado
Esperando o tempo passar,
Vendo as cores que entravam pela janela
Sem a tua cor entrar.
Porque me faltas tu
Aqui ao meu lado, junto de mim.
Queria eu acordar aninhado em teus braços
Sentir o coração bater-te no peito
Poder cheirar a tua pele...
Sei que caminhei... a areia branca, as placas de cimento
Procurei-te na espuma da rebentação
Em cada barco que cruzou a linha do horizonte.
De que me valeu escrever o teu nome no areal?
Foi-se... o mar o levou...
Faltas-me tu! Falto-me eu...
Falta-me tudo...
Tem um bom dia meu amor...
RENATO MACHADO
Onde fui hoje?
Não sei... onde estive eu não sei...
Como lá cheguei jamais saberei contar
Nem mesmo que eu queira contar as minhas aventuras
Poder rir de todos os perigos
Irá sempre faltar aquele detalhe...
E porquê?
O porquê é simples meu amor
És tu...
A razão da minha busca, a razão da minha perda.
Amanheceu e eu continuei acordado
Esperando o tempo passar,
Vendo as cores que entravam pela janela
Sem a tua cor entrar.
Porque me faltas tu
Aqui ao meu lado, junto de mim.
Queria eu acordar aninhado em teus braços
Sentir o coração bater-te no peito
Poder cheirar a tua pele...
Sei que caminhei... a areia branca, as placas de cimento
Procurei-te na espuma da rebentação
Em cada barco que cruzou a linha do horizonte.
De que me valeu escrever o teu nome no areal?
Foi-se... o mar o levou...
Faltas-me tu! Falto-me eu...
Falta-me tudo...
Tem um bom dia meu amor...
RENATO MACHADO
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Longe
Sinto-me perdido longe de ti...
Uma peça sem encaixe de um puzzle
Que nas tuas mãos parece não encontrar um lugar.
Sinto-me só... apenas só...
Preciso de ti, preciso tanto de ti!
Como vou acordar sabendo que não estás comigo?
O que fazer para suportar os dias sem te ver?
Estou no calor, mas o frio agora é maior
Se me falta aquecer o coração.
Sim, existe a voz, existe a tua foto na minha carteira...
Mas são apenas ilusões que tenho de ti...
Nutini já não me faz sentido
Quando não tenho o teu rosto para tocar...
Quero fugir daqui, estar contigo e ser feliz.
(eu não sou assim)
Quero sentir que continuamos a ser um só, ´
Carne e osso, uma alma, um corpo!
Preciso de ti... preciso tanto de ti...
Renato Machado
Uma peça sem encaixe de um puzzle
Que nas tuas mãos parece não encontrar um lugar.
Sinto-me só... apenas só...
Preciso de ti, preciso tanto de ti!
Como vou acordar sabendo que não estás comigo?
O que fazer para suportar os dias sem te ver?
Estou no calor, mas o frio agora é maior
Se me falta aquecer o coração.
Sim, existe a voz, existe a tua foto na minha carteira...
Mas são apenas ilusões que tenho de ti...
Nutini já não me faz sentido
Quando não tenho o teu rosto para tocar...
Quero fugir daqui, estar contigo e ser feliz.
(eu não sou assim)
Quero sentir que continuamos a ser um só, ´
Carne e osso, uma alma, um corpo!
Preciso de ti... preciso tanto de ti...
Renato Machado
domingo, 15 de janeiro de 2012
Pássaro de Ferro
Tanto que ficou por dizer
Tanto que ficou para trás...
O tempo voa, e nós?
Ficámos cá em baixo
A vê-los passar...
Também nós tínhamos sonhos
(eu tinha sonhos)
A quando a memória não nos faltava...
Foram tantos os sonhos que te dei
As manhãs de inverno a teu lado
Sozinhos no meio de tanta gente
As ruas outrora foram nossas!
Ah como o tempo voa...
E nós?!
Nós ficámos aqui, sentados
Na fila de espera para o embarque
Rumo ao futuro.
Já viste que só cá estamos nós?
O tempo contigo voa...
O tempo contigo voava,
Tais sonhos de um passado sem promessa
De destino...
E nós?!...
Renato Machado
Tanto que ficou para trás...
O tempo voa, e nós?
Ficámos cá em baixo
A vê-los passar...
Também nós tínhamos sonhos
(eu tinha sonhos)
A quando a memória não nos faltava...
Foram tantos os sonhos que te dei
As manhãs de inverno a teu lado
Sozinhos no meio de tanta gente
As ruas outrora foram nossas!
Ah como o tempo voa...
E nós?!
Nós ficámos aqui, sentados
Na fila de espera para o embarque
Rumo ao futuro.
Já viste que só cá estamos nós?
O tempo contigo voa...
O tempo contigo voava,
Tais sonhos de um passado sem promessa
De destino...
E nós?!...
Renato Machado
Dia Cinzento
Secámos...
Os pensamentos já não fluem
As palavras morreram no tempo
E nós? O tempo tudo levou.
Fomos feitos um para o outro
Na condição de nunca nos amarmos
Querendo sempre do outro amor...
Faltou-nos tanto!
E o que tínhamos nunca foi pouco
Para tapar as ausências de laços,
Para tapar o que não queríamos sentir...
Mas fomos tanto!
Tanto no vazio...
Tanto no silêncio...
Tanto no frio
Que mutuamente nos presenteámos.
Demos tudo o que havia para dar
E, por incrível, nenhum quis do outro receber.
Já falámos tantas vezes do tempo
Que nem esse tempo sabemos ao certo contar...
Sei que a culpa essa, é dividida em partes iguais
Mas desculpa se não sinto peso qualquer em mim.
Ficaremos bem
Se a nós mesmos conseguirmos resistir.
Seremos dois, um plural
Sem possibilidade de um novo singular
Seremos aquilo que queremos ser,
Mais um na vida do outro...
Mais outro na vida de um...
Mais de uma vida a dois vivida
Aquela vida à qual os dois nos atrasámos.
Renato Machado
Os pensamentos já não fluem
As palavras morreram no tempo
E nós? O tempo tudo levou.
Fomos feitos um para o outro
Na condição de nunca nos amarmos
Querendo sempre do outro amor...
Faltou-nos tanto!
E o que tínhamos nunca foi pouco
Para tapar as ausências de laços,
Para tapar o que não queríamos sentir...
Mas fomos tanto!
Tanto no vazio...
Tanto no silêncio...
Tanto no frio
Que mutuamente nos presenteámos.
Demos tudo o que havia para dar
E, por incrível, nenhum quis do outro receber.
Já falámos tantas vezes do tempo
Que nem esse tempo sabemos ao certo contar...
Sei que a culpa essa, é dividida em partes iguais
Mas desculpa se não sinto peso qualquer em mim.
Ficaremos bem
Se a nós mesmos conseguirmos resistir.
Seremos dois, um plural
Sem possibilidade de um novo singular
Seremos aquilo que queremos ser,
Mais um na vida do outro...
Mais outro na vida de um...
Mais de uma vida a dois vivida
Aquela vida à qual os dois nos atrasámos.
Renato Machado
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
RAZOÁVEL
Guardava para mim
Todas as alegrias que vivi
Por te conhecer e poder ver-te sorrir.
Tempos distantes
Onde a vida girava em volta do teu "eu",
Onde a minha esfera era a tua,
Em que eu era a esfera
E tu, eras tu...
Mas eu nunca te quis mudar,
Não, porque eu era feliz assim
Com o reflexo da tua felicidade...
A vida é isto
Quer-se da vida isto,
A felicidade!
Não me julgues mal
Nem tão pouco me julgues louco,
Sou apenas aquele que vive para ti
Sem querer esmolas,
Apenas a esmola do teu sorriso
Isso sim, é o meu paraíso.
Outrora sofri por estar a teu lado
E ser único, sentir-me um singular.
Outrora carreguei em mim a falha
Suportei a tua ignorância
Como se a minha culpa fosse a tua...
Tempos tão distantes...
Pensava que seria sempre triste por dar
Na tristeza de nunca receber...
Que foi feito de mim?
Noutros tempos vivi na sombra da tua sombra
Na escuridão da tua ignorância
Que tempo já tão distante!
E hoje?
Hoje estou bem, por te saber amar com a razão,
Estou bem por estar a teu lado
Sem te querer aparar os golpes...
Crescemos?
Eu cresci...
Tempos distantes.
Renato Machado
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
O TEMPO PASSA
Julguei-te resolvido... sim...
Um problema arrumado lá no fundo do meu gavetão.
Mas não...
A tua postura
O teu cheiro,
A tua textura...
Resolvidos estão os meus medos
Mas nãos as minhas verdades.
Outrora tinha tantos sonhos por realizar,
Agora o que tenho?
Nada, a crença é uma chama que não arde
P'lo menos aqui no meu centro...
Talvez arda no que me é alheio
Tudo porque continuas a existir!
Morre! Morre! Mas morre aos poucos
Para que eu vá morrendo a teu lado...
Que estúpido que sou!
Mas faria tudo de novo...
Sei que faria tudo de novo...
Por ti, faria tudo de novo...
RENATO MACHADO
Julguei-te resolvido... sim...
Um problema arrumado lá no fundo do meu gavetão.
Mas não...
A tua postura
O teu cheiro,
A tua textura...
Resolvidos estão os meus medos
Mas nãos as minhas verdades.
Outrora tinha tantos sonhos por realizar,
Agora o que tenho?
Nada, a crença é uma chama que não arde
P'lo menos aqui no meu centro...
Talvez arda no que me é alheio
Tudo porque continuas a existir!
Morre! Morre! Mas morre aos poucos
Para que eu vá morrendo a teu lado...
Que estúpido que sou!
Mas faria tudo de novo...
Sei que faria tudo de novo...
Por ti, faria tudo de novo...
RENATO MACHADO
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